NÃO SOUBE REZAR


Poeta João Nunes Ventura


NÃO SOUBE REZAR
João Nunes Ventura.

Amado sertão
Povo sofrido,
Terra brejeira
Cheiro querido.

Linda montanha!
Belo morro,
Luz do horizonte
Azul formoso.

Mas a seca terrível
O sol que aquece,
O filho nativo
No solo padece.

O tempo passa
Amargo desgosto,
Na face o suor
Resvala no rosto.

Marca do tempo
Tudo acabou,
A água na fonte
Há muito secou.

A seca devasta
Plantas no chão,
Última esperança
Chora coração.

O gado doente
Carrega a cruz,
Fim do caminho
Apaga-se a luz.

Então me pergunto:
Como posso viver?
Onde eu pequei?
Que devo fazer?

Oh, Deus do sertão!
E do meu pensar,
Perdoe este pobre
Que não soube rezar.

Belo Jardim, 24/07/12

3 comentários:

João Nunes Ventura Says:
25 de julho de 2012 às 08:28

A Lusa Piancó, meus amáveis agradecimentos, por
mais uma homenagem que ela me faz, só Deus para
abençoar tão nobre coração, e eu me sinto emocionado e grato de ter uma poesia de minha autoria figurando nas páginas do Afinando a Viola, toda minha gratidão para você, abraços João Ventura.

João Nunes Ventura Says:
25 de julho de 2012 às 08:36

Ao público em geral, a poesia NÃO SOUBE REZAR,
do autor João Nunes Ventura, não será postada,
pelo autor,em nenhuma outra página da internet, fica restrita no Facebook e no Afinando a Viola.
João Ventura

Maria Muniz - Paranaguá - PR Says:
9 de agosto de 2012 às 13:52

Olá meus amigos João e Lusa, parabenizo-os, um por fazer a poesia e a outro por postar essa obra. Gosto de ler tudo que se refere ao meu Nordeste querido, isso me faz muito bem. Tenho aprendido muito com vcs dois. Lusa tem um vocabulário muito enriquecido, é digna de meus sinceros elogios. Estou aprendendo muito com ela. João vc, se identifica muito comigo. Vamos em frente, estou gostando muito de compartilhar do trabalho de vcs. Um forte abraço meus amigos.

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